Santa Catarina vive um momento dramático diante do avanço da Covid-19 e do colapso do sistema de saúde. A falta de leitos, equipes e equipamentos para garantir o acesso ao tratamento justifica as medidas adicionais de enfrentamento. O colapso dos setores da economia que foram mais afetados é iminente, agravando o impacto social com mais fechamento de empresas e postos de trabalho.
Os debates ao longo do ano passado amadureceram para entendermos que, tratando-se de uma pandemia que já perdura há 12 meses e não tem previsão para acabar, precisamos cuidar tanto do sistema de saúde quanto do setor produtivo para evitarmos o colapso social.
O mais dramático é pensarmos que tudo isso poderia ter sido evitado, considerando que, enquanto o Governo Estadual comemora recorde de arrecadação, os investimentos na saúde foram insuficientes e até o momento não foram oferecidas quaisquer medidas para auxiliar o segmentos mais atingidos pela pandemia. Não houve nenhuma medida que busque preservar empresas e empregos.
Está evidente que o reflexo sobre os diferentes setores da economia não é uniforme – enquanto alguns setores estão estáveis ou até crescendo, os segmentos de gastronomia, eventos e entretenimento, entre outros, foram duramente afetados. Portanto, as atrasadas medidas de auxilio ao setor produtivo também devem levar em consideração essa realidade.
Quantas vidas, empresas e empregos precisamos perder ainda para que os atrasados investimentos na saúde e assistência aos setores mais impactados sejam realizados?
Florianópolis, 26 de fevereiro, 2021.
Raphael Dabdab, presidente da Abrasel-SC
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