O sul-africano Zirk Botha se aproxima de confirmar o recorde mundial de travessia do Oceano Atlântico a remo nos próximos dias. O ex-oficial da marinha de 59 anos deve concluir o percurso de 7.200 km ou 4.000 milhas náuticas da Cidade do Cabo, na África do Sul, até o Cabo Frio (RJ), no Brasil, em 71 dias.
O navegador em solitário deixou o seu país em 19 de dezembro e de acordo com as previsões deve cruzar a linha de chegada na sede cabofriense do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) no próximo domingo (28/2).
Na Row2Rio2020, Zirk Botha também estabelecerá o recorde mundial como a primeira pessoa a remar o percurso sozinho e sem o apoio de qualquer embarcação de segurança. A marca anterior pertence à dupla Wayne Robertson e Braam Malherbe, que fez a travessia em 92 dias no ano de 2017.
Com a mensagem de desenvolvimento sustentável, o aventureiro sul-africano já rema pelo litoral brasileiro e está viajando na direção o sudoeste em direção aos campos de petróleo na costa.
”Eu completei 3750 milhas náuticas em 65 dias e tenho menos de 240 pela frente. Fui empurrado por fortes ventos de popa, que é como correr com um cavalo selvagem”, disse Zirk Botha.
”O mar estava muito agitado e os ventos estavam fortes. Pelo menos, agora, a condição está mais calma, mas tudo isso é muito difícil, estou ansioso para concluir! Tem sido mentalmente desgastante. Não estava preparado para esse tipo de desafio”.
Veja a localização de Zirk Botha em tempo real — https://trackamap.com/row2rio2020/
Zirk Botha adota a estratégia de ficar longe dos barcos de pesca, além de redobrar a atenção a outros navios e campos de petróleo, tradicionais na costa do Rio de Janeiro. As condições do mar tendem a piorar em águas rasas e pode haver embarcações de pesca nas proximidades.
A bordo do barco construído por ele próprio e projetado pelo britânico Phil Morrison, Zirk Botha é patrocinado pela Juwi Renewable Energies. Como citado acima, sua travessia apoia o desenvolvimento sustentável e promove a energia renovável como uma solução para questões ambientais e mudanças climáticas.
”Quero usar o #Row2Rio2020 para destacar o impacto dos combustíveis fósseis e do consumismo irresponsável no planeta, que será o lar de nossos filhos e das gerações futuras. As energias renováveis são essenciais para um futuro sustentável”, completou o sul-africano.
Zirk Botha disse estar ansioso para comer alimentos frescos e não processados! Ele perdeu uma quantidade significativa de peso, cerca de 10 kg, e está lutando para consumir comida suficiente para atender às suas necessidades de energia agora.
Enquanto Zirk Botha se aproxima da meta em Cabo Frio, os brasileiros do Iate Clube do Rio de Janeiro se preparam para uma recepção de herói! Ironicamente, nenhum dos amigos e familiares do sul-africano poderão estar na linha de chegada, pois os moradores do país estão atualmente impedidos de entrar no Brasil, devido às restrições de viagem relacionadas à Covid-19.