Fórmula E e os desafios para se manter competitiva após a pandemia de COVID-19

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Foto: Fórmula E

Em entrevista ao The Race, o CEO da Fórmula E Jamie Reigle comentou sobre o futuro da categoria de carros elétricos após a pandemia de coronavírus

A preocupação das competições de esporte a motor diante da pandemia de coronavírus vai além de quando poderão retomar as atividades, e sim, como manter seus patrocinadores atuais, conquistar novos investidores e é lógico, continuarem atraentes para as montadoras, as quais também terão que se reinventar e redefinir suas prioridades.

Em entrevista para o site britânico The Race, o CEO da Fórmula E Jamie Riegle comentou sobre como a categoria de carros elétricos está se preparando para continuar competitiva e seguir em frente, durante e após a pandemia de COVID-19.

Após ter realizado cinco provas da sexta temporada, a Fórmula E teve que cancelar todas as nove etapas restantes do campeonato por conta do coronavírus e agora, precisa encontrar uma solução para encerrar a competição.

Apesar deste problema, a Fórmula E tem mantido uma relacionamento positivo com seus apoiadores. E essa boa relação com os seus patrocinadores foi realçada por Riegle.

“Apesar do fato de que a maioria deles estão enfrentando tempos realmente desafiadores, acho que isso é uma prova da qualidade do relacionamento que temos a longo prazo, e não é apenas um relacionamento [inteiramente] transacional.”

A categoria de carros elétricos está focada em ajudar as equipes, tanto as de fábrica quanto as clientes neste difícil momento, buscando manter os custos baixos para proteger a principal fonte de receita de todos os times, que são seus patrocinadores.

“O mercado de publicidade, que é o que impulsiona o patrocínio, em termos simples, é muito difícil no momento, mas a realidade é que será difícil nos próximos 12 a 18 meses”, comentou Riegle ao The Race.

“Estamos dedicando muito tempo com cada uma das equipes, cada um dos fabricantes e todos os nossos patrocinadores para tentar descobrir maneiras de garantir que estamos agregando valor a eles, e a iniciativa de e-sports [Desafio Race at Home] é um dos segmentos.”

“Depois, conversamos com as equipes sobre medidas de custo e outras iniciativas; adiamos o Gen2 EVO, limitamos as homologações a uma nos próximos 24 meses. São medidas significantes, e que foram aprovadas por unanimidade, o que é realmente corajoso.”

Para Riegle, o importante é que todos os envolvidos na competição de carros elétricos entenderam que é um momento onde todos precisarão ser mais flexíveis em algumas medidas, e por conta disso, a Fórmula conseguirá manter sua competitividade a longo prazo.

“A mente de todos está muito focada em como sobrevivemos antes de tudo e depois prosperamos nesse período desafiador, e o que isso significa é que todos são muito mais flexíveis. Todos estão alinhados, e isso é uma peça importante para proteger a competitividade da Fórmula E a longo prazo”, encerrou Riegle.