Di Grassi explica o crescimento da Fórmula E e os interesses das montadoras

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Foto: Fórmula E

Desde sua criação, a Fórmula E vem crescendo e chamando a atenção. A competição que iniciou com a proposta de promover a mobilidade elétricas nos grandes centros do planeta e a sustentabilidade, passou a chamar a atenção de grandes montadoras, que enxergam na categoria a possibilidade de desenvolver a tecnologia para seus carros elétricos.

Atualmente a Fórmula E está em sua sexta temporada e conta com 12 equipes no grid, das quais nove pertencem a montadoras, inclusive as quatro gigantes alemãs Audi, BMW, Porsche e Mercedes.

Em recente entrevista durante uma live para o jornalista Lito Cavalcanti, o piloto brasileiro da Audi Sport ABT Schaeffler Lucas di Grassi, que participou de todos os eprix da história da Fórmula E, explicou sobre o crescimento da categoria.

“Uma categoria de automobilismo cresce quando ela te entrega mais valor do que o capital que você investiu. Se você encontra uma solução onde conquista igual ou mais valor do que o custo de seu investimento financeiro, você vai para este lado independente do tipo de negócio”, comentou Di Grassi durante a live.

“No caso da Fórmula E, o que é exatamente este valor que ela entrega? Ela entrega desenvolvimento tecnológico para as montadoras que participam do campeonato, o qual elas utilizarão em seus futuros carros.”

“E neste caso, o que as montadoras vão poder usar em seus carros graças a este desenvolvimento tecnológico, é bateria, motor elétrico, inversor, software, entre outros.”

Lucas di Grassi também explicou porque algumas peças na Fórmula E são padronizadas, e o quanto isso ajuda a categoria a manter a competitividade e ao mesmo, ser atrativa para as montadoras.

“Em contrapartida, a Fórmula E não entrega desenvolvimento aerodinâmico, até porque isso não é de interesse das montadoras. Elas não vão usar isso em seus futuros carros para o cliente comum, as pessoas que usam carros populares. Por isso, esse conjunto de peças é padrão na categoria.”

“Todas as equipes possuem o mesmo pacote aerodinâmico, o que deixa a competição mais equilibrada e focada nos interesses das montadoras. Por isso que a Fórmula E possui nove montadoras no grid enquanto a F1 tem apenas quatro”, concluiu o piloto brasileiro, campeão da terceira temporada da Fórmula E.