*Célio Furtado
Engenheiro e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Comemoramos, exatamente no dia 1º de abril, os dez anos do ingresso de Itajai na Regata The Ocean Race, um fato relevante, sob todos os aspectos. Parece que foi ontem, um conjunto de eventos que, de certo, ficaram registrados na lembrança de tanta gente, não somente de nossa cidade, pois foi surpreendente o numero de pessoas das mais diversas regiões que frequentaram nossa cidade. De fato, todos os dias foram cheios de acontecimentos, atrativos, feiras, exposições, mostras náuticas, num clima de harmonioso convívio entre os inúmeros visitantes. È como se a nossa cidade estivesse mergulhada numa intensa imersão de modernidade, aumentando a consciência de que somos uma cidade cosmopolita, um ponto importante no roteiro náutico internacional.
Foram tantas as autoridades, pessoas que contribuíram para a realização desse inesquecível evento. Prefeitos, deputados, vice-governador, empresários, gente gabaritada que através de discretas e efetivas negociações, puderam concretizar um sonho quase distante, de termos aqui esse evento de prestígio internacional.
Quero, porém, na ocasião dessa comemoração fazer uma homenagem a um guerreiro discreto, porém dedicado e competente jornalista Adilson Pacheco, um entusiasta, desde o inicio, um verdadeiro “formiguinha”, presente em todas as etapas e um testemunho ocular fiel e atento.
Gosto de escrever olhando o impacto dos eventos na conjuntura econômica, e, passados os dez anos, percebo, como muita gente o referido evento provocou o surgimento de uma nova mentalidade em nossa cidade, aumentando a autoestima e, atraindo muita gente que investiu aqui em nossa região.
Basta olhar o Saco da Fazenda, nossa antiga Prainha da Ema, hoje “Júlio Wippel”, o antes e o depois, o número de iates e barcos sofisticados, criando uma nova paisagem urbana. Quem conhece grandes cidades internacionais litorâneas, rapidamente enquadra Itajaí nesse novo status, uma rica cidade onde proliferam empresários ligados ao ramo náutico.
No entanto, não devemos nos ater simplesmente à bela paisagem pós-moderna com os seus iates fulgurantes. Devemos olhar também o entorno econômico, toda uma cadeia produtiva que agrega muito valor, gera empregos e vai consolidando um polo náutico, com uma diversidade de profissionais, especialistas, artesãos com um saber precioso, fortalecendo ainda mais a nossa imagem de celeiro na carpintaria naval.
Tenho escrito em diversos artigos no Regata News algumas considerações nesse sentido, procurando estimular ainda mais o interesse intelectual e acadêmico por esse importante setor. Como veterano professor, do Curso de Administração da Univali, tendo o privilegio de conviver com gerações de jovens empreendedores, tenho o orgulho de ter compartilhado a entrada de nossa cidade nesse novo paradigma náutico.
Como cidadão e filho de Itajaí, gostaria de registrar minha lembrança referente ao grande encerramento, em nossa Itajaí. Um dia inesquecível; os molhes da Atalaia e de Navegantes, apinhados de gente que se despedia dos barcos e de suas heroicas tripulações.
Momento emocionante, muitas lágrimas, fogos de artificio, a cidade inteira abandonava os automóveis e, caminhavam junto as margens de nossa Boca da Barra, para agradecer e sentir-se orgulhosa por essa nova etapa na história de Itajaí.
Parabéns e obrigado amigo jornalista Adilson Pacheco por esse precioso espaço.
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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