Regata do Inverso em Ubatuba (SP)

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A Regata do Inverso bateu recorde de participantes em 2020

O Ubatuba Iate Clube realizou, na tarde de sábado, 7 de março, a 16ª Regata do Inverso, uma competição de vela oceânica única, que literalmente “inverte” o principal conceito do esporte, propiciando uma disputa diferente para as equipes acostumadas com as regatas tradicionais.

As regatas de vela oceânica são competições em que os veleiros partem juntos e têm o objetivo de cumprir um trajeto estabelecido pela organização no menor tempo possível.

Acontece que competem veleiros de tamanhos, idades e equipamentos diferentes entre, si, e como fazer para dar chances de vitória a um veleiro mais antigo, menor e menos equipado em relação aos mais modernos?

É feita, sempre, uma medição prévia dos veleiros, considerando estas diferenças.

E cada um recebe um “rating”, um fator de correção que diz o quanto este veleiro precisa chegar à frente de seus competidores para, efetivamente, ser considerado o ganhador da regata.

Quando o veleiro cruza a linha de chegada este tempo real é anotado e depois o fator de correção é aplicado. Por essa razão, nem sempre aquele que cruza a linha de chegada em primeiro ganha a competição.

Vamos inverter essa lógica!

“Decidimos inverter essa lógica, propondo a primeira regata do inverso, em 2005. Não lembro, exatamente, quantas equipes participaram, mas recordo que as pessoas se entusiasmaram com a ideia. Claro que ela foi crescendo e este ano estamos com 42 barcos inscritos”, comenta Alain Simon, diretor de vela do Ubatuba Iate Clube.

A regata do inverso aplica este fator de correção no momento da largada. Ao invés de largarem todos juntos, cada veleiro larga em tempo separado, de acordo com o rating. Isso faz com que, ao final, os veleiros cheguem muito próximos entre si, tornando o fim da regata um momento muito divertido, já que ganha, literalmente, quem chega em primeiro lugar.

E foi exatamente o que aconteceu com os velejadores da embarcação Kameha Meha, os primeiros a cruzar a linha de chegada e vencedores desta 16ª edição da regata.

Átila Bohn, um dos comandantes do veleiro, comenta: “veja que interessante, um veleiro clássico, construído em 1970, competindo com tantos outros, conquista o primeiro lugar em uma regata em que você precisa literalmente, ir ultrapassando os seus concorrentes, pois, no nosso caso, largamos no meio da flotilha, em função do nosso tempo”.

Ricardo Delgado, do veleiro Cisco Kid comemorou muito o segundo lugar: “estamos bastante felizes, andamos muito bem em uma regata de ventos moderados, 8, 9 nós e, mesmo com um barco pequeno chegamos bem próximos de um barco maior. É a primeira vez que vejo uma regata dessas com 42 barcos na raia, o que dá ainda mais emoção a este segundo lugar”, completa.

O terceiro colocado, o veleiro Bwana, entre os tripulantes, levou a bordo a diretora social do Ubatuba Iate Cube (UIC), Ana Salaro, uma “lancheira” que adorou a primeira experiência em uma regata. “Estou muito feliz. Adorei a acolhida da tripulação e esse clima da regata. Estamos comemorando muito nosso terceiro lugar nessa festa aqui no UIC”.

Rock, churrasco e premiação.

Foi nesse clima de alegria e descontração que os mais de 200 velejadores terminaram o dia, no clube. Um churrasco com rock ao vivo, e a entrega dos prêmios, encerrou a 16ª Regata do Inverso.

“Foi realmente um dia perfeito. Preciso agradecer a tanta gente… os patrocinadores, os funcionários do clube, nossos apoiadores, fornecedores, e, claros os velejadores, principalmente a turma do “Ubalegria” (uma associação de comandantes e tripulantes de veleiros de Ubatuba), que contribuíram para o sucesso desta edição”, comenta o diretor adjunto de vela do UIC, Alex Calabria, que aproveitou para convidar as equipes para a próxima competição do clube, o Ubatuba Sailing Festival, que acontece entre os dias 1, 2 e 3 de maio.

A Regata do Inverso é organizada pelo Ubatuba Iate Clube, com apoio da Renew Boats, Velejar Brasil e Fevesp.