Campeão em Florianópolis, velejador de três Volvo Ocean Race André Fonseca enaltece força da Classe C30

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Iker Martinez, Bochecha e o jornalista Flávio Perez /Foto: Adilson Pacheco/RN

 

Bochecha foi o tático do Caballo Loco na conquista da classe mais disputada no Circuito Oceânico de Santa Catarina; Copa Suzuki começa em 14 de março, em Ilhabela

 

Representar o Brasil em três edições dos Jogos Olímpicos e competir três vezes na Volvo Ocean Race, principal regata volta ao mundo do planeta, fazem do catarinense André Fonseca, o Bochecha, de 42 anos, um velejador completo. A experiência obtida nos sete mares fez a diferença no 31º Circuito Oceânico de Santa Catarina, em que contribuiu de forma direta para levar o Caballo Loco, de Ilhabela, a um título inéditona competitiva Classe C30.

André Fonseca, o Bochecha
(Aline Bassi / Balaio de Ideia

Às vésperas das regatas disputadas em fevereiro, em Florianópolis, o comandante do Caballo Loco, Mauro Dottori, convidou Bochecha para a vaga do timoneiro Tommy Sumner. O velejador dividiu a função de tático com George Nehm, o Dodão, enquanto coube a Dottori a árdua tarefa de assumir o leme da embarcação nas raias de Jurerê, sede oceânica do Veleiros da Ilha.

Com sete tripulações muito bem treinadas, a C30 se estabeleceu como a classe one design mais numerosa da competição. “Conseguimos deixar o barco rápido nas regatas barla-sotas e também na prova de percurso. Em uma classe tão parelha, acertar a regulagem das velas para extrair máxima velocidade do barco, faz toda a diferença. Para quem não estava acostumado com a função, o Mauro se virou muito bem no leme”, elogiou Bochecha.

Para chegar ao título, a tripulação do Caballo Loco superou equipes como a do Kaikias Maserati, também de Ilhabela, atual campeão brasileiro da Classe C30, o tetracampeão nacional Loyalty, de Porto Alegre, com o tático Fábio Pillar, o Cachopa, além da força da flotilha catarinense formada por Zeus Team, Katana Portobello, Corta Vento e Le Terrible. A competição ainda foi válida pela primeira etapa do Campeonato Brasileiro de C30.

Bochecha à procura de vento
(Aline Bassi / Balaio de Ideias

“O Circuito de Santa Catarina foi um belo gol da C30. Estivemos perto do número máximo de barcos (nove). A entrada do Frederico (Le Terrible) motivou a classe. Apesar das trocas recentes de comandantes a C30 manteve sua força. Neste ano, sem o horário de verão, o vento entrou mais cedo e as regatas se tornaram mais técnicas devido ao alto nível dos tripulantes e ao investimento em equipamentos de ponta. Vamos ver se a classe repete o show na Semana de Vela de Ilhabela”, desejou Bochecha.

Em julho, a incluirá a segunda e última etapa do Brasileiro de C30 no litoral paulista. Medalha de bronze com o barco Brasil 1 na Volvo Volta ao Mundo 2005/2006, Bochecha manter-se-á à disposição da tripulação do Caballo Loco ao longo da temporada, para a eventual vaga de algum tripulante nas regatas em Ilhabela. “Estarei sempre a postos. Como um coringa”. A primeira etapa da 20ª Copa Suzuki – Circuito Ilhabela de Vela Oceânica – será aberta em 14 e 15 de março com sede no Yacht Club Ilhabela (YCI).

Caballo Loco em Florianópolis
(Fábio Aranda / Veleiros da Ilha

Classe C30 no Circuito Santa Catarina (6 regatas e 1 descarte)

1 – Caballo Loco (Mauro Dottori): 2+2+1+2+1+(8) = 8 pontos perdidos

2 – Kaikias Maserati (Eduardo Mangabeira): 1+(8)+3+1+2+4 = 11 pp

3 – Loyalty (Alexandre Leal): 3+1+(5)+3+4+3 = 14 pp

4 – Zeus Team (Inácio Vandresen): 4+(8)+2+6+3+1 = 18 pp

5 – Le Terrible (Frederico Didone): (7)+3+7+4+6+2 = 22 pp

6 – Corta Vento (Carlos Augusto de Matos): 6+(8)+6+5+5+5 = 27 pp

7 – Katana Portobello (Cesar Gomes Neto): 5+(8)+4+8+8+8 = 33 pp