Neozelandês Mitch Evans vence o E-Prix da Cidade do México

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Mitch Evans (NZL), Panasonic Jaguar Racing, Jaguar I-Type 4
Foi realizado neste sábado (15) o 2020 CBMM Niobium Mexico City E-Prix, quarta etapa da temporada 2019-20 da ABB Formula E Championship. Assim como nas edições anteriores realizadas na capital mexicana, o Autodromo Hermanos Rodríguez foi o palco para os 24 carros e pilotos da categoria.

E a vitória desta vez ficou com Mitch Evans (Panasonic Jaguar Racing). O neozelandês dominou o E-Prix depois de conquistar a liderança do pole Andre Lotterer (Tag Heuer Porsche) na primeira curva após a largada, e abrindo uma boa vantagem para os demais adversários durante a corrida.

O português Antonio Felix Da Costa da DS Techeetah terminou em segundo, enquanto o suíço Sebastian Buemi da Nissan e.DAMS ficou em terceiro.

Com a vitória, Evans assumiu a liderança da competição por um ponto de diferença para o segundo colocado, o britânico Alexander Sims (BMW i Andretti Motorsport), que terminou a prova na quinta colocação e ainda conquistou o ponto extra para a volta mais rápida da corrida.

Curiosamente, o unico ponto que separa os dois pilotos na classificação, Evans conquistou como o piloto mais rápido da fase eliminatória do treino classificatório.

O brasileiro Lucas di Grassi que largou em 15º, fez uma boa prova de recuperação e terminou a prova na sexta colocação, conquistando pontos suficientes para se manter entre os cinco primeiros colocados do campeonato.

Já Felipe Massa não teve um bom fim de semana no México, largou em 19º e devido a falta de ritmo do carro nos primeiros minutos da corrida, abandonou.

COMO FOI O E-PRIX DA CIDADE DO MEXICO DO INICIO AO FIM

André Lotterer começou a corrida na Julius Baer Pole Position, após ter superado Mitch Evans (Panasonic Jaguar Racing) durante a Super Pole por apenas seis centésimos de segundos, colocando a Tag Heuer Porsche pela primeira vez na frente do grid de largada.

Mas foi Evans quem assumiu a liderança momentos depois que as luzes ficaram verdes, ultrapassando Lotterer na primeira curva do circuito do Autódromo Hermanos Rodriguez, em um movimento arriscado e que acabou causando um contato entre os dois carros e também ocasionando danos ao Porsche de Lotterer.

Foi apenas o início dos diversos problemas que Lotterer encarou nas primeiras voltas do E-Prix mexicano, e após perder diversas posições por conta de um grave problema no pneu dianteiro esquerdo, o piloto alemão abandonou a prova.

A prova chegou a ter a entrada do safety car ainda nos primeiros cinco minutos, quando Nico Muller (GEOX Dragon) acabou errando a curva e batendo no muro de proteção.

Na relargada, Sam Bird (Envision Virgin Racing) começou o seu ataque aos primeiros colocados e em poucos minutos chegou a segunda colocação, seguido por Sébastien Buemi, então terceiro colocado.

Um pouco mais atrás, Nyck De Vries (Mercedes Benz EQ) tentou evitar a ultrapassagem de Antonio Félix da Costa, mas ao retornar ao traçado normal acabou atingindo Robin Frijns (Envision Virgin Racing) e abandonou a corrida, enquanto o piloto português que havia largado em nono, subiu para quarto lugar, seguido por seu companheiro na DS Techeetah, o francês e atual bicampeão Jean-Eric Vergne.

Daniel Abt, da Audi Sport ABT Schaeffler – que perdeu a qualificação após um acidente nos treinos livres – iniciou o E-Prix, mas depois se retirou com problemas em seu carro. Foi um dia ruim para o piloto alemão, que passou algumas horas do dia em um hospital local, onde realizou alguns exames por precaução após a colisão causada por uma falha no software dos freios.

Quem também não teve um dia feliz na Cidade do México e se retirou durante a prova foi o brasileiro Felipe Massa, que largou em 19º, chegou a ganhar algumas posiçõs por conta dos incidentes que ocorreram nos primeiros minutos, mas sem um bom ritmo, retornou aos boxes da ROKiT Venturi Racing.

Da Costa partiu para o ataque e logo ultrapassou Buemi. Restando menos de cinco minutos para o término da prova, o piloto português então passou a pressionar Bird, e o piloto britânico ao tentar defender a segunda posição, acabou errando uma das curvas e batendo no muro de proteção.

O ex-líder do campeonato Stoffel Vandoorne também errou nos últimos minutos quando era o quinto colocado e encerrou a participação da Mercedes Benz EQ no ePrix da Cidade do México de forma melancólica.

Com pouco mais de cinco segundos para Da Costa, Evans não sofreu pressão nos minutos finais e com tranquilidade recebeu a bandeirada, garantindo a sua segunda vitória na Fórmula E (e também da Panasonic Jaguar Racing), assumindo a liderança da sexta temporada.

MITCH EVANS
“Na prova passada disputada em Santiago não tivemos um bom desempenho e então a equipe trabalhou muito para tentar entender o que aconteceu e evitar que a falta de desempenho se repetisse aqui na Cidade do México.

Trabalhamos muito, conseguimos um bom acerto no carro para o treino classificatório e a prova. Na largada, eu vi uma chance de ultrapassar na primeira curva, um espaço muito curto entre o muro e o Lotterer e por isso forcei a ultrapassagem, e deu certo. Foi uma vitória importante, que premiou o trabalho feito pela equipe durante esses últimos dias”.

ANTONIO FELIX DA COSTA
“Estou muito feliz, pois este foi o meu segundo pódio consecutivo em uma equipe nova. E outra vez na segunda colocação, o que mostra que estamos muito próximos de nossa primeira vitória nesta temporada.

O único problema até agora tem sido os treinos classificatórios. Normalmente vou bem nas classificações, mas ainda não consegui acertar a volta lançada, apesar do carro ser muito veloz.

Obviamente que as coridas estão sendo muito divertidas mas ao mesmo tempo, é muito trabalho sempre ter que fazer uma corrida de recuperação. Quanto a situação dentro da equipe, nunca pensei que tivesse um piloto número um e número dois. Acredito que o time possui a capacidade de dar as mesmas condições aos dois pilotos, e tem mostrado isso durante as provas até o momento”.

LUCAS DI GRASSI
“Felizmente voltamos a pontuar e isso é importante na Fórmula E. Estou em quinto, a 15 pontos do líder, uma situação que me dá condição de pensar em título. Tive um bom ritmo no inicio da prova, mas quando vi que não teria mais condição de atacar, passei a tomar cuidado para não perder posições. Eu já havia trocado de posição várias vezes com o (Alexander) Sims, (Edoardo) Mortara, (Stoffel) Vandoorne e o (Oliver) Rowland, e sabia que eles tentariam me passar se percebessem a perda de ritmo do carro.

Felizmente consegui me defender e dar o troco quando era ultrapassado. Foi uma prova difícil. Agora precisamos nos preparar para Marrakesh. Nossa hora de chegar ao pódio pode ser lá”.