São Paulo : Casa em que Domingos Montagner nasceu poderá se tornar um espaço de cultura e educação

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Divulgação

Ao longo da vida, seja como o ator, produtor, palhaço ou professor, Domingos Montagner sempre acreditou na educação e na arte como ferramentas de crescimento e de transformação. Pouco mais de três anos depois da morte precoce do artista, aos 54 anos, seu legado virou inspiração para o sonho de transformar a casa onde o ator nasceu, no bairro do Tatuapé, São Paulo, em uma referência de cultura e educação para a Zona Leste da capital. A iniciativa é do Instituto DOM, associação sem fins lucrativos formada pela viúva do ator, a produtora executiva Luciana Lima; seu sócio na Cia LaMínima e grande parceiro, Fernando Sampaio; o irmão do ator e contabilista tributário, Francisco Montagner; e o amigo e gestor cultural com larga experiência em educação pela arte, Gustavo Wanderley.

A ideia é que juntos possamos transformar a casa simples – localizada na rua Tijuco Preto, 263 – na sede da Casa Domingos Montagner – Cultura & Educação, espaço que abrigará cursos, vivências, espetáculos, exposições, e oportunidades educativas, através do Circo e do Teatro, para jovens de 14 a 24 anos em situação de vulnerabilidade social. O propósito não é formar artistas, mas facilitar a autonomia dos jovens na busca de conhecimento, na capacidade de trabalhar em grupo e cuidar do coletivo, entre muitas outras habilidades fundamentais para qualquer profissão e para a vida. A Casa também terá espaço para a formação de Artistas-Educadores, com o objetivo de ampliar o alcance de trabalho com os estudantes.

“Agora, estamos na reta final, porém ainda falta muito para alcançarmos a meta. Como já se sabe, caso não alcancemos a meta total, teremos que devolver TODO o valor que conseguimos até agora, e já são mais de R$ 104 mil reais. Juntos podemos construir mais oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade social”, declara Luciana Lima, viúva do ator e president da Casa DOM.

A segunda etapa contará com outras ações de financiamento e prevê a construção de um edifício com três pavimentos. O complexo abrigará uma sala de espetáculos multiuso (incluindo cinema); uma sala para expressões do corpo (teatro, acrobacia, comicidade física/pantomina e palhaçaria); um laboratório de desenho em cena (cenografia, figurino e impressão 3D de maquetes para a cenários); uma sala de convivência, além de educativo, coordenação, administração, sanitários e camarins. No espaço para exposições haverá uma mostra permanente sobre a trajetória do artista.

“Domingos sempre falou com muito carinho do bairro onde nasceu, cresceu e onde se formou professor. A casa foi doada pelos herdeiros da família Montagner ao Instituto para contribuir com o desenvolvimento de crianças e jovens. Nosso desejo é que se torne um centro para potencializar o convívio entre pessoas de todas as idades”, declara Francisco Montagner, irmão do ator.

Para coloborar com o projeto e saber mais acesse: www.institutodom.com

 

Domingos Montagner:

Domingos Montagner foi ator, palhaço e artista circense. Iniciou sua carreira no teatro, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro conheceu as técnicas e o vocabulário que o conduziram para o circo e a arte popular.

Com Fernando Sampaio, formou em 1997 o Grupo LaMínima, que possui 12 espetáculos em repertório. A Noite dos Palhaços Mudos, de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator.

Em 2003, com mais oito artistas, criou o Circo Zanni, do qual foi diretor artístico.

Sua estreia na TV aconteceu com o seriado “Mothern”, no canal GNT. Na Rede Globo, fez participações nas séries “Força-Tarefa”, “A Cura” e “Divã”.

Em 2011, atuou em sua primeira novela, “Cordel Encantado”. Em 2012, protagonizou a minissérie “O Brado Retumbante”, de Euclydes Marinho. No mesmo ano, atuou na novela “Salve Jorge”, de Glória Perez. Estreou no cinema também em 2012, com uma participação especial no longa “Gonzaga – de Pai pra Filho”, de Breno Silveira.

Em 2013, foi escalado para a novela das 18h, “Joia Rara”, de Thelma Guedes e Duca Rachid. Em 2015, interpretou Miguel, protagonista da novela “Sete Vidas”, de Lícia Manzo. Em seguida, deu vida ao delegado Espinosa na série “Romance Policial – Espinosa”, adaptação do livro “Uma janela em Copacabana”, de Luiz Alfredo Garcia Roza, que foi ao ar no canal GNT,  com direção geral de José Henrique Fonseca. No mesmo ano, ator participou dos longas-metragens “Vidas Partidas” (Marcos Schechtman),  “De Onde te Vejo” (Luiz Villaça) e “O Outro Lado do Vento” (Walter Lima Jr).

O último trabalho do ator para a tevê foi como o Santo de “Velho Chico”, novela de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho.