Os velejadores José Guilherme e Leonardo Chicourel depois da participação na Semana de Vela de Ilhabela, agora é a vez de estar no radar da Cape2Rio 2020. Pois é, a maior regata oceânica do Atlântico Sul, já tem data de largada definida: 11 de janeiro. A prova, constituída por 3.500 milhas em alto mar, será disputada por competidores de todo o mundo, durante um percurso de 18 e 20 dias, no trajeto via Atlântico e que contempla Cape Town, cidade da África do Sul, como ponto de partida e a cidade do Rio de Janeiro, como o de chegada. Mais uma vez a embarcação Mussulo 40 será patrocinada pela Angola Cables, cuja sinergia entre a vela, os oceanos e o seu principal corebusiness – cabos submarinos que conectam povos digitalmente – é praticamente uníssona.
“A regata oceânica é, para a Angola Cables, a representação mais fiel do compromisso que assumiu desde sua criação. Assim como os bravos velejadores da Cape2Rio, que cruzam continentes por meio do Atlântico Sul, a empresa cruza oceanos levando internet de alta qualidade aos continentes por meio dos cabos submarinos Monet (Brasil – América do Norte), WACS (Africa do Sul – Europa) e SACS (Brasil- Angola)”, diz Antonio Nunes, CEO da Angola Cables.
O barco Mussulo 40 – Team Angola Cables vai competir na categoria Double Hand, tripulação de duas pessoas, constituída pelo comandante angolano, José Guilherme Caldas, e pelo skypper brasileiro, Leonardo Chicourel.
Na semana passada, 27 de setembro, os dois velejadores partiram com a embarcação do porto de Piriápolis, cidade costeira do Uruguai, rumo a Cape Town, viagem que deve levar cerca de 18 a 20 dias para ser concluída. “Foram 14 dias na cidade uruguaia de intensa preparação do barco. Para isso, contamos com o suporte do lendário velejador britânico Josh Hall, nosso coach. O barco está em ordem e bem equipado. As velas foram reparadas e montadas. Consideramos que nosso principal treino será esta viagem até a costa da África do Sul. Em Cape Town, o barco será retirado da água e revisto novamente”, analisa José Guilherme antes da partida.
Quebra de Recorde – Durante a Cape2Rio 2017, o Mussulo 40 atravessou a linha de chegada do Iate Esporte Clube do Rio de Janeiro com tempo final de 16 dias, 14 horas 22 minutos e 12 segundos, estabelecendo recorde e recebendo o prêmio de primeira colocação na classe Double Hand, além do quarto lugar na colocação geral. “Somos uma equipe formada apenas por dois tripulantes e apesar de todas as adversidades encontradas ao longo da jornada, conseguimos disputar de igual para igual com tripulações completas de profissionais, em barcos maiores”, relembra José Guilherme Caldas.
A preparação para a regata de 2020 começou no meio do ano, com a participação da embarcação na competição Caribbean 600 Race e na Semana de Vela de Ilhabela. “Nossa expectativa durante a Cape2Rio é fazer uma excelente navegação e bater nosso último recorde de 16 dias de percurso em alto mar, conquistada na última edição da regata em 2017”, estima o comandante.
Curiosidades da viagem:
Alimentação – Os dois velejadores adotarão uma dieta muito bem delineada em alto mar. José Guilherme Caldas consumirá cerca de 3.000 calorias por dia e Leonardo Chicourel, cerca de 3.500. O montante será dividido em três refeições por dia para cada um. Os alimentos são liofilizados e não podem ter contato com o sol.
Roupas – O Mussulo 40 se desloca no oceano em alta velocidade e sua estrutura é ininterruptamente atingida pela força da água do mar. Assim, seus tripulantes precisam usar roupas resistentes e vedadas contra água e o frio constante, como as constituídas de tipo Kevlar, calças do gênero jardineiras e botas impermeáveis. Além disso, estão o tempo todo providos de coletes Arnês, que possibilitam mantê-los presos ao barco por ganchos impedindo a queda no mar.
Tecnologia – Os velejadores dispõem de um programa de computador chamado Expedition – uma espécie de Waze dos mares. O programa sugere a melhor rota marítima de acordo com a previsão meteorológica. Eles também utilizam um sistema de GPS a bordo, que permite a visualização da posição do barco no oceano inclusive por qualquer pessoa, além de um Iridium, telefone satélite de longo alcance.
Lobo do mar – José Guilherme Caldas, médico neuroradiologista, aprendeu a velejar por volta dos 8 anos de idade com seu irmão. Aos 13, ganhou seu próprio barco. Uma de suas paixões de infância era navegar de manhã bem cedo – e sozinho – da Ilha de Mussulo, onde residia, até Luanda, em Angola. Sua família se refugiou no Brasil durante a Guerra Civil Angolana (1975 – 2002). Ele tinha 15 anos. A família escolheu a cidade de Vitória (Espírito Santo) para viver, região ideal para a prática da vela por conta dos ventos muito fortes. Lá, treinou a modalidade esportiva, deu aulas para crianças e participou de muitos campeonatos, conquistando quase todos. Por volta dos 18, precisou parar para se dedicar ao estudo da medicina na faculdade. Porém, aos 38 anos, José Guilherme comprou seu primeiro veleiro para cruzeiro oceânico e não parou mais de disputar profissionalmente, ganhando muitos títulos.
“Patrocinamos a vela desde 2014. Os barcos Mussulo 40 e Mussulo III vêm conquistando posições importantes nas provas que participam, tais como: Refeno (Brasil), Semana de Vela de Ilhabela (Brasil), Transat Jacques Vabre (França). RORC Caribbean 600 e Atlantic Cup (USA), deixando uma marca muito forte da Angola Cables na vela de alta competição e construindo um legado nacional e internacional de ligação da marca ao esporte”, explica Antonio Nunes.
Angola Cables
A Angola Cables é uma multinacional de IT Solutions focada na venda de soluções para infraestruturas de Data Center, venda de Conectividade, serviços Cloud para IP providers e ISp’s para o setor corporativo com necessidades de serviços e conexões digitais. Atualmente, opera os sistemas de cabos SACS, Monet e WACS, gere dois data centers, o AngoNAP Fortaleza (Brasil) e o AngoNAP Luanda (Angola), e faz a gestão do Angonix, um Internet Exchange Point que está entre os cinco maiores de África. Com uma rede robusta, a Angola Cables conecta diretamente África, Europa e as Américas, além de ter parcerias estabelecidas para se conectar à Ásia.