Mundial de Snipe 2019 distribuirá prêmios especiais aos campeões

0
581

Competição em Ilhabela (SP) premiará, além dos campeões, o melhor proeiro, dupla mista e vencedores da última regata.

O Mundial de Snipe 2019 será realizado em Ilhabela (SP), de 1º a 12 de outubro, e reunirá mais de 80 duplas de 12 países.

A principal competição da categoria será disputada na Escola de Vela Lars Grael e terá as versões sênior e junior em dias separados.

Os campeões gerais após as regatas finais de 12 de outubro serão premiados com o Isaack’s Trophy, honraria que homenageia o primeiro comodoro da classe Snipe.

A taça terá o nome dos vencedores gravados em sua base, assim como o ano e local das provas.

O título do último mundial, ocorrido em La Coruña, na Espanha, em 2017, são os porto-riquenhos Raul Rios e Mac Agnese.

Para o melhor proeiro da competição, a Snipe Class International Racing Association estabeleceu o O’Leary Trophy, que está nas mãos de Mac Agnese.

A dupla que vencer última regata disputada no Campeonato Mundial de Snipe ganhará o Eael Elms Perpetual Trophy e, a taça Bibi Juetz, será entregue para a tripulação mista melhor colocada no mundial.

Por fim, os campeões mundiais junior vão levar pra casa o Troféu Vieri Lasinio Di Castelvero nas provas de 2 a 5 de outubro. A dupla brasileira Tiago Brito e Antonio Rosa é a atual detentora do mundial na categoria júnior no Snipe.

”O Campeonato Mundial de Snipe é uma competição forte tecnicamente no Brasil e no mundo. Só nesta edição teremos seis campeões mundiais brasileiros na disputa, que representam oito títulos”, disse Paola Prada, secretária-nacional da classe Snipe.

A novidade para 2019 é a entrega do prêmio Bibi Juetz à melhor dupla mista da competição.

É uma homenagem da flotilha 159, baseada no Iate Clube do Rio de Janeiro, aos velejadores e à atleta brasileira, que há mais de 60 anos participa de eventos na Snipe e é uma das pioneiras da vela feminina nacional.

”A distribuição de todos esses prêmios é muito legal, pois a gente consegue manter a tradição e a memória da classe”, contou Ricardo Lobato ‘Blu’, consultor da SCIRA.

”A Bibi é uma pessoa muito querida na classe e sempre velejou em dupla mista. Como ela é pequenininha, nunca quis velejar com outra mulher. Ela ganhou o Mundial Master no geral em 1998 na Argentina em cima de tripulações masculinas mais jovens”.

A classe Snipe é organizada por países e flotilhas, perdendo em números de barcos ativos somente para a classe Optimist, de introdução à vela.

São mais de 250 monotipos ativos e 80 barcos correram o último brasileiro.

Brasil tem tradição no Snipe

O País sediou outras quatro vezes o Mundial de Snipe. A primeira vez foi em 1959, em Porto Alegre (RS), com o título ficando para o dinamarquês Paul Elvstrøma, lenda da vela internacional com quatro ouros olímpicos.

Em 1971, no Rio de Janeiro (RJ), o primeiro lugar ficou com os norte-americanos Earl Elms e Craig Martin. Em 1993, a capital gaúcha Porto Alegre sediou novamente o Mundial de Snipe e o ouro ficou para os argentinos Santiago Lange (campeão olímpico na Rio 2016) e Mariano Parada.

Em 2013, os brasileiros Bruno Bethlem e Dante Bianchi ficaram com o título na edição do Rio de Janeiro (RJ). foi a única vez que uma dupla nacional ganhou a competição em casa.

No entanto, o Brasil tem ao todo 13 duplas campeãs mundiais de Snipe. A última conquista foi em 2015, na edição de Talamone, na Itália. A dupla Mateus Tavares e Gustavo Carvalho subiu no lugar mais alto do pódio.

Vale destacar que o primeiro título mundial da vela nacional foi na Snipe. Em 1961, em Rye, nos Estados Unidos, os irmãos Axel e Eric Schmidt foram campeões.

Veja a lista de campeões

 

Sobre o barco

Classe: Snipe Class International Racing Association

Nº de tripulantes: 2

Designer: William Crosby

Material do casco: madeira ou fibra de vidro

Ano do primeiro projeto: 1931

Comprimento do casco: 4,7 m

Quantidade de vela: 2 (mestra e buja) Peso do barco: 173 kg