Na quinta-feira, 29 de agosto, Duda Porto comanda um bate-papo no espaço NAU Harmony Stones, na Casa Cor Rio. Como buscar o equilíbrio perfeito entre natureza e habitante, usando de tecnologias e linhas essenciais da arquitetura para criar um lar aconchegante e contemporâneo com o mínimo impacto ambiental? Essa é uma das perguntas feitas por Duda Porto quando começa cada um de seus projetos. “Acreditamos que a moradia é um ponto de encontro no movimento constante da vida. Um palco para a nossas relações com a natureza e com quem amamos”, afirma Duda.
Partindo dessas premissas, o arquiteto mostra soluções para uma arquitetura planejamento e eficiência, em que cada detalhe é pensado para o melhor aproveitamento de material, transporte, integração entre o homem, a arquitetura e o espaço a seu redor.
“Hoje, nos voltamos um pouco para o passado, com a ideia do nomadismo. As casas devem se adaptar às diferentes etapas da vida, sendo essencialmente flexíveis, sustentáveis e móveis”, explica o arquiteto.
Um dos exemplos é a casa nômade. Apresentada como uma representação dessa ideia, a casa Lite traz um sistema modular que a torna nômade, podendo ser desmontada, transportada e remontada em qualquer lugar. A casa Lite foi desenvolvida com base na flexibilidade. Sua planta compreende um quarto, mas pode agregar até quatro deles, dependendo do desejo e tamanho da família, além de permitir a expansão da cozinha. A casa é toda feita com estrutura metálica, de steel frame, que dispensa a concretagem. O resultado, além de estético, é uma obra limpa, com um baixo consumo de água e pouca emissão de poluentes.
A Lite é exemplo de arquitetura afetiva e sustentável possível, com uma obra limpa e com pouco gasto de água. A casa conta com sistema para captação de água pluvial e painéis solares, que são capazes de suprir boa parte da demanda de energia. Sua arquitetura promove a ventilação cruzada, diminuindo a necessidade de aparelhos de ar condicionado. O projeto luminotécnico é de LED e conta com sistema de automação, garantindo conforto e economia. “A sustentabilidade está no essencial. Quando deixamos de construir o que não precisamos, focamos a energia no que é verdadeiramente importante”, afirma Duda.