Scheidt sai na frente na luta por vaga olímpica no Mundial de Laser, no Japão

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Robert Scheidt - Bicampeão olímpico fez um 27° e um 3° lugares no primeiro dia de disputas em Sakaiminato, no Japão.

 

Scheidt antes das regatas iniciais no Japão /Divulgação

Bicampeão olímpico fez um 27° e um 3° lugares no primeiro dia de disputas em Sakaiminato, no Japão. Com os resultados, abre mais de 30 posições de vantagem na classificação geral em relação aos concorrentes brasileiros à vaga para a classe Laser nos Jogos de Tóquio/2020

 

São Paulo  – O primeiro dia do Campeonato Mundial da Classe Laser começou difícil, mas terminou em alta para Robert Scheidt. Na madrugada desta quinta-feira (4) – pelo horário de Brasília -, em Sakaiminato, no Japão, o bicampeão olímpico teve problemas na largada da regata inicial e cruzou a linha de chegada na 27ª posição entre 160 barcos. Contudo, na prova seguinte, conseguiu uma grande recuperação para terminar em terceiro lugar. Com isso, ocupa a 32ª colocação na classificação geral e abre vantagem na corrida pela vaga nos Jogos de Tóquio/2020. Depois de ventos fracos, o brasileiro espera mais velocidade para a segunda rodada.

Scheidt luta para disputar sua sétima olimpíada. Para garantir o direito de ser o representante do Brasil nos Jogos de Tóquio, em 2020, o bicampeão olímpico precisará ser o velejador brasileiro mais bem colocado entre os quatro que estão na disputa, desde que esteja dentro do top 18 da classificação geral. Se carimbar o passaporte, será o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo, e irá em busca da sexta medalha, a quarta na Classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000).

Na briga direta pelo direito de representar o Brasil na classe Laser nos Jogos de Tóquio, Scheidt já abre uma boa vantagem. Com a 32ª colocação na classificação geral, com 30 pontos perdidos, a diferença do bicampeão olímpico é de 30 posições em relação a João Pedro Souto de Oliveira (ele ocupa o 62° lugar, com 45 pontos perdidos); de 39 posições para Philipp Grochtmann (71ª posição no geral, com 50pp) e 54 diante de Bruno Fontes (86°, com 56pp).

“Fiz uma regata ruim e uma boa. Na abertura, tive uma largada difícil. Com isso, não consegui velejar livre e, com vento fraco em uma competição de alto nível, fica complicado recuperar. Paguei um preço alto pelos problemas no início da prova. O importante é que consegui reagir na segunda. Larguei melhor, velejei melhor, e cheguei em terceiro. Foi um dia longo, com muitas bandeiras pretas em função de largadas escapadas. O bom é que amanhã (madrugada desta sexta-feira, dia 5, pelo horário brasileiro) a previsão é para aumento da velocidade do vento”, contou Robert, que é patrocinado por Banco do Brasil e Rolex e conta com o apoio do COB e CBVela.

Regras – De acordo com o critério estabelecido pelo Conselho Técnico da Vela (CTV) e ratificado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a definição do representante nacional na classe Laser é uma disputa direta, com linha de corte definida. Ou seja, para se classificar, o velejador deve ser o mais bem colocado neste Mundial, contanto que esteja dentro do top 18 da competição. Contudo, o passaporte ainda não estará carimbado. Ele só perderá essa possível vaga se outro atleta do Brasil for medalhista no Evento-Teste de Enoshima/2019 ou subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.

O Campeonato Mundial será a terceira grande competição de Scheidt em seu retorno à classe Laser. Entre o final de março e início de maio, disputou o Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères. O brasileiro tem apresentado evolução constante na classe Laser. Em ambas as disputas, ficou a apenas uma posição da medal race. Além disso, Robert chegou para o Campeonato Mundial de Sakaiminato embalado pelo título europeu da classe Star.

 Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)

Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze : Londres/2012 (Star)

181 títulos – 89 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Europeu de Star.

Laser

– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star

– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe

– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012