Expressão acima é usada pelos catarinenses para indicar um caminho. E os veleiros da Volvo Ocean Race agora seguem para a oitava etapa da Volvo Ocean Race até a norte-americana Newport, Rhode Island, para 5.700 milhas náuticas. Público de Itajaí coloca mais de 400 mil pessoas na Vila da Regata de 5 a 22 de abril
A oitava etapa da Volvo Ocean Race teve início na tarde deste domingo (22) em Itajaí (SC). Os sete barcos da regata de Volta ao Mundo sobem o Oceano Atlântico com destino a Newport (Estados Unidos) para um percurso de 5.700 milhas náuticas ou 10 mil quilômetros.
”Será muito complicada a etapa. A costa brasileira tem às vezes ventos muito fracos e ventos terral e gradiente passando pelos Doldrums – que é área de convergência tropical – com vento muito fraco. Promete bastante disputa e acho que vai ser bem difícil com noites mal dormidas. Então, depois disso vamos ver como vai estar a disputa”, explicou Martine Grael.
”Depois da última perna com várias quebras, dificuldades e uma carga emocional muito grande, agora vai voltar um pouco mais para o normal com o foco na disputa, pois a última perna era mais focada na sobrevivência”.
A prova terá mudanças de regime de vento e oferecerá opções às equipes. A disputa pela costa brasileira com vento contra, as correntes, a Linha do Equador, as calmarias dos Doldrums e as correntes do Golfo dos EUA estarão na telas dos navegadores. Será a última vez que os barcos apontam para o norte literalmente, já que as próximas pernas são para a Europa
Antes de seguir rumo a Newport, os barcos fizeram um percurso entre bóias em Itajaí. Alguns nomes do esporte brasileiro fizeram a tradição do leg jumper e pularam do barco. Uma delas foi a parceira de Martine Grael no ouro olímpico da 49erFx, Kahena Kunze. ”Uma emoção muito grande ser a leg jumper. É muito legal ver o que a Martine faz a bordo de um barco de oceano, ela está indo muito bem. Queria ter continuado”, revelou Kahena Kunze.
No Dongfeng, quem fez o salto foi o paralímpico Flávio Reitz, representante brasileiro nos Jogos de Londres 2012 e Rio 2016. ”A vela é um esporte fascinante e pode ser disputada por pessoas com deficiência. Fiquei feliz por representar a cidade que moro a bordo do Dongfeng Race Team”.
O disputa pelo título do campeonato está bastante equilibrada, com dois barcos praticamente empatados: Dongfeng Race Team com 46 pontos e MAPFRE com 45. A tabela segue com Team Brunel, com 36 pontos, e AkzoNobel, com 33.
”Tem muita regata pelo caminho, muitos pontos a disputar. Mas vamos em busca do sonho de ser campeão da Volvo Ocean Race”, explicou Charles Caudrelier, do Dongfeng Race Team.
Mas os espanhóis do MAPFRE tiveram a melhor largada e abriram vantagem pequena neste domingo. Depois de perder a liderança, os ibéricos querem voltar ao posto que sustentavam desde a segunda etapa.
Com problemas na etapa anterior, o Vestas 11th Hour Racing conseguiu colocar o mastro a tempo de largar e está em modo regata. O SHK | Scallywag também largou mesmo com apenas 48 horas de preparação. A equipe homenageou seu tripulante John Fisher, que se perdeu no mar e não foi encontrado, em todas as ações em Itajaí.
Fonte: Flávio Perez