Volvo Ocean Race –  Carolijn Brouwer: Foi com a família Grael que a holandesa de 43 anos aprendeu as manhas da modalidade

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meia brasileira




 

Faltando  219 dias para a largada da Volvo Ocean Race prevista para outubro em Alicante, Espanha. A equipe do Dongfeng Race Team anunciou a contratação de duas velejadoras para a edição 2017-18 da Volvo Ocean Race. A holandesa criada no Brasil Carolijn Brouwer e a francesa Marie Riou integram o barco chinês na regata. A chegada das atletas marca um novo momento da Volta ao Mundo com as regras para impulsionar tripulações com homens e mulheres juntos. As velejadoras, que somam ao todo cinco participações em olimpíadas, foram chamadas pelo comandante francês Charles Caudrelier para se juntar a Jerémie Beyou (França), Stu Bannatyne (Nova Zelândia) e Daryl Wislang (Nova Zelândia).

A holandesa Carolijn Brouwer fala perfeitamente o português! A atleta foi criada no Brasil, mais precisamente em Niterói (RJ) e Belo Horizonte (MG). Foi com a família Grael que a holandesa de 43 anos aprendeu as manhas da modalidade. Em seu país, Carolijn Brouwer é apontada como uma das melhores da modalidade com três participações olímpicas. São duas aparições na Volvo Ocean Race ( Amer Sports Too em 2001-012 e Team SCA em 2014-15) foram de destaque. Na parada de Itajaí, em 2015, ela foi a mais festejada quando o Team SCA aportou na Vila da Regata.

 

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“Estou muito orgulhosa de fazer parte da equipe. Uma das razões pelas quais eu queria me juntar ao Dongfeng Race Team é por causa de seu forte espírito de equipe. A Volvo Ocean Race é única. É um desafio físico e mental. Minha meta será vencer a regata”, disse Carolijn Brouwer.

A outra atleta contratada pelo Dongfeng Race Team é a francesa Marie Riou, de 35 anos. Com duas olimpíadas no currículo – uma delas a Rio 2016 na classe NACRA 17 – a velejadora conta com quatro títulos mundiais na categoria. Riou fará sua estreia na Volta ao Mundo. “Eu queria participar da Volvo Ocean Race desde os meus 10 anos de idade. Embora a minha principal experiência seja nas regatas costeiras, sempre sonhei em navegar pelo mar adentro”.

A dupla foi escolhida depois de uma série de testes e análises dentro e fora d’água na Austrália e Portugal. Charles Caudrelier, que será skipper do Dongfeng pela segunda vez consecutiva, aprovou as duas velejadoras escolhidas. “Eu chamei a Carolijn, pois ela nos venceu várias vezes quando integrava o Team SCA nas In-Port Races. Ela trabalha muito bem no leme e tem um passado olímpico de sucesso. Isso lhe deu velocidade e conhecimento do momento certo de imprimir essa rapidez”.

Sobre Marie Riou, o comandante elogiou sua experiência olímpica e seus conhecimentos de vela. “Ela é da Bretanha (região da França com tradição em vela oceânica), tem força e está acostumada a velejar com os caras”. A classe NACRA é a única do calendário olímpico que exige um velejador e uma velejadora

A seleção de Brouwer e Riou é o primeiro sinal de que a mudança de regra, trazida pela Volvo Ocean Race nesta edição, a fim de incentivar as mulheres, terá um impacto significativo na modalidade. As equipes masculinas serão limitadas a apenas sete atletas, mas os times que incluírem mulheres poderão escolher algumas combinações, incluindo sete homens e mais uma ou duas mulheres e cinco homens e cinco mulheres. O restante da equipe do Dongfeng será anunciado nos próximos dias.

O Dongfeng é um dos três times confirmados até o momento ao lado de Team AkzoNobel (Holanda) e MAPFRE (Espanha). A quarta equipe será anunciada até o fim de março.

A regata começa em 22 de outubro em Alicante e passará por Lisboa, Cidade do Cabo, Melbourne, Hong Kong, Guangzhou, Auckland, Itajaí, Newport Rhode Island, Cardiff e Gotemburgo, antes do grande final em Haia, no fim de junho.