Regata Volvo Ocean Race – MAPFRE e Team Brunel lideram o ataque a Alicante

0
419

 

Slide2

 

O MAPFRE, do skipper Xabi Fernandéz, lidera o prólogo da Volvo Ocean Race nesta terça-feira preparando o ataque ao Mar Mediterrâneo.

A seguir à largada do passado domingo, a tripulação espanhola destacou-se dos adversários ao optar por seguir mais junto de terra em busca de ventos favoráveis, com o Team Brunel a ser segundo ao ter optado pela mesma tática.
48 horas depois, a opção mostra-se muito acertada. Às 13:00 UTC de hoje, o MAPFRE tinha sete milhas náuticas de vantagem sobre o Team Brunel e quase 40 de avanço sobre o terceiro classificado, o Turn the Tide on Plastic.
Durante a noite de segunda-feira, o barco de Dee Caffari veio do zero a herói, muito graças a uma manobra de aproximação à costa. Apesar de já ser tarde para apanhar o MAPFRE e o Team Brunel, conseguiu passar os quatro barcos que estavam mais ao largo.

“Estamos finalmente a mover-nos e estou muito entusiasmada”, afirmou Caffari na segunda-feira à tarde: “Foi muito penoso, mas agora o vento entrou…os outros estão à nossa frente e ao largo mas não estão a andar muito depressa, por isso esperamos passa-los.”

Pela manhã, o Turn the Tide on Plastic conseguiu dar  a volta e passou de seguir em último para uma confortável terceira posição.
A apenas 250 milhas náuticas do final do prólogo, o MAPFRE continua à bolina rumo à linha de chegada em Alicante com o Team Brunel na sua sombra, 10 milhas a Sul.

 

Entretanto, as coisas prometem aquecer no grupo perseguidor que está prestes a passar o Estreito de Gibraltar.
O estreito com apenas 9 milhas de largura, que separa Tarifa, no Sul de Espanha e Marrocos, no Norte de áfrica, é famoso por ser um desafio à navegação, dadas as condições muito especiais causadas pela passagem do vento e da água num espaço tão apertado.

Para dificultar ainda mais, é um locais do mundo com maior tráfego marítimo, com numerosos navios, barcos de pesca e de cruzeiro.
De acordo com a equipa de experts da Volvo Ocean Race, os quatro barcos prestes a entrarem no Mediterrâneo – Dongfeng Race Team, team Akzonobel, Vestas 11th Hour Racing eTeam Sun Hung Kai/Scallywag – podem esperar que o vento suba dos 10 para os 30 nós-

Daryl Wislang, do Dongfeng Race Team, um veterano com 4 participações na Volvo Ocean Race, sabe perfeitamente o que tem pela frente: “Estamos a desfrutar da bonança antes da tempestade…a tempestade de Gibraltar”, referiu.
Como se o Estreito de Gibraltar não fosse apertado o suficiente, a organização da VOR implementou um esquema de separação de tráfego para manter a frota distante das rotas dos grandes navios, o que dificulta ainda mais a sua passagem.

“As coisas estão a acelerar um bocadinho – muitas manobras, muitas viragens de bordo para nos posicionarmos bem neste grupo de quatro barcos”, disse Steve Hayles, navegador do Team Sun Hung Kai/Scallywag.

“É uma parte da regata muito complexa, mas interessante. Ainda temos de lidar com o Estreito de Gibraltar na primeira etapa (na direção oposta) portanto é um elemento-chave.”

Toda a frota deverá estar no Mediterrâneo ao anoitecer desta terça-feira mas o Prólogo está ainda longe de ter terminado.
Os ventos fortes do Estreito darão lugar a ventos fracos, 5 a 10 nós do quadrante Norte, no Mar Alboran.
Dadas as condições, os líderes têm quinta-feira de manhã como o Tempo Estimado de Chegada.
Na quarta-feira à tarde, as portas da Race Village de Alicante abrem às 18:00. A cerimónia de abertura está marcada para as 20:00 e culminará com fogo de artifício às 22:00.

 

Volvo Ocean Race Prólogo – Classificação – 1300 UTC, 10 October

MAPFRE; distância para o final = 255 milhas náuticas

Team Brunel; + 7 milhas náuticas

Turn the Tide on Plastic; + 44 milhas náuticas

Dongfeng Race Team; +59 milhas náuticas

team AkzoNobel; +60 milhas náuticas

Vestas 11th Hour Racing; +60 milhas náuticas

Team Sun Hung Kai / Scallywag; +61 milhas náuticas



 

Volvo Ocean Race

A Volvo Ocean Race é a mais dura competição que se pode ganhar, e o derradeiro teste  ao trabalho de equipa no desporto profissional. Desde 1973, que a regata à volta do mundo tem sido uma obsessão para alguns dos melhores velejadores de sempre, e passadas quatro décadas continua no topo do cruzamento entre o desporto de elite e a aventura humana. A edição 2017-18 começa a 22 de outubro em Alicante, Espanha, e as equipas vão percorrer 45,000 milhas náuticas à volta do globo – atravessando quatro oceanos, tocando em seis continentes e 12 icónicas cidades vão acolher a prova, para acabar em Haia no mês de Junho de 2018.



 

Fonte – Flávio Perez