Regata – Lisboa- Cidade do Cabo – Últimas cartadas da segunda etapa da Volvo Ocean Race

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James Blake/Volvo Ocean Race.
James Blake/Volvo Ocean Race.

Perna entre Lisboa e a Cidade do Cabo deve ser concluída nesta sexta-feira (24) após várias trocas de posições

A segunda etapa da Volvo Ocean Race deve terminar na tarde desta sexta-feira (24) o resultado segue indefinido. A prova entre Lisboa, em Portugal, e a Cidade do Cabo, na África do Sul, será decidida na aproximação ao destino final. Cartão-postal sul-africano, os ventos perto da Table Mountain sempre reservam surpresas.

A vantagem segue com os espanhóis do MAPFRE, mas os adversários, inclusive o team AkzoNobel da brasileira Martine Grael, tentam o ataque final pelo Atlântico nas últimas 24 horas de regata. Desde a largada em 5 de novembro, as equipes estão se revezando na ponta.

Nesta quinta-feira (23), o Vestas 11th Hour Racing – vencedor da primeira etapa – e o Sun Hung Kai / Scallywag optaram por implantar o modo sigilo, justamente quando a segunda perna da Volvo Ocean Race atinge seu clímax.

“Estamos puxando o barco ao máximo possível”, disse a medalhista olímpica Jena Mai Hansen, do Vestas 11th Hour Racing. “O Dongfeng não está longe de nós e o MAPFRE tem 30 milhas de frente. Nós estamos olhando um para o outro vendo quem vai fazer algo diferente”.

A equipe espanhola do MAPFRE chegou a abrir mais de 30 milhas náuticas de vantagem para o Dongfeng Race Team na tarde desta quinta-feira. Mas os outros adversários não se dão por vencidos.

“Vamos fazer o nosso melhor para ver se podemos mudar isso”, disse o navegador Andrew Cape, do Team Brunel, terceiro colocado. “Pode ter surpresa, especialmente na Table Mountain, e não vamos perder a esperança”.

Antes de entrar no modo invisível, Dave Witt, comandante do Sun Hung Kai / Scallywag, explicou sua situação. “Estamos em uma situação extremamente difícil. É duro quando trabalhamos tão forte para voltar para trás. Sinto que estou batendo minha cabeça contra uma parede de tijolos”.

A brasileira Martine Grael, em entrevista a bordo do team AkzoNobel, falou o que vai fazer quando pisar em terra, após 20 dias de regata descendo o Atlântico. ”Quando chegar em terra preciso de um banho e um bom café da manhã. Depois exercitar as pernas, pois no barco a gente anda muito pouco. Acho que é isso, uma boa comida e matar a saudade de casa”.

A primeira etapa foi vencida pelo Vestas 11th Hour Racing. A Volvo Ocean Race será disputada até junho, incluindo uma etapa no Brasil, mais precisamente na cidade de Itajaí (SC), em abril de 2018.

Volvo Ocean Race

A Volvo Ocean Race começou em 1973 com o nome de Whitbread Round the World Race. Durante as 12 edições e mais de 40 anos de história, o evento estabeleceu uma grande reputação como a principal regata oceânica do mundo e uma das provas mais difíceis do planeta.

Sete times com velejadores profissionais participam deste edição, incluindo a campeã olímpica Martine Grael. Outros três velejadores portugueses fazem parte do evento.

Serão 12 cidades-sede, com Brasil e Portugal como paradas estratégicas. Os barcos já estão velejando. Serão 45 mil milhas náuticas pelos mares do mundo. A rota passará três vezes mais pelos mares do sul em relação à edição passada.

Os barcos são os Volvo Ocean 65 one-design. É a segunda vez consecutiva que o veleiro será usado no evento. O monocasco de 65 pés (19,8 metros) é igual para todos e pronto para velejar.

Os barcos contém a última tecnologia de equipamentos via-satélite, transmissão e vídeo, facilitando a vida dos Repórteres A Bordo (OBR’s), que estão na regata desde 2008-09. Todas as equipes contam com mulheres a bordo.


Fonte: Flávio Perez – Volvo Ocean Race