Expedição – Santa Catarina – Primeira embarcação catarinense que será usada em expedições e pesquisas será batizada em Itajaí

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Foto: Heitor Pergher/ Divulgação Veleiro
Foto: Heitor Pergher/ Divulgação Veleiro

Santa Catarina voltada para o mar e para a sustentabilidade. Pois é, o Veleiro Eco, construído e projetado no Sapiens Parque por alunos, professores, técnicos e engenheiros da UFSC, já está no mar. Essa é a primeira embarcação catarinense que será usada em expedições e pesquisas oceanográficas no Brasil. Foram investidos R$ 2,3 milhões, sendo R$ 210 mil do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

“Valeu a pena o investimento do Estado neste projeto de vanguarda e inédito, pois a Universidade Federal passa a ser a única do país a ter um veleiro deste tipo para expedições científicas. O foco será tratar do lixo plástico no oceano, que é um grande problema mundial. Ele vai se integrar a um projeto internacional, o Atlantic International Reseach Center (AIR Center), organização científica internacional voltada à pesquisa no Oceano Atlântico”, disse o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni.

A embarcação foi construída no Sapiens Parque, no Bairro Canasvieiras, em Florianópolis e será transportada por uma carreta até o estaleiro. Com 5,2m de altura, 20m de comprimento e 5,4m de largura, uma logística foi preparada com uma equipe de apoio que seguirá na frente da carreta retirando ou deslocando possíveis obstáculos, a exemplo de semáforos, sinalizações e fiações. A previsão é de aproximadamente quatro horas para concluir o transporte.

Ele deve seguir para Itajaí no dia 30 de setembro e, em 3 de outubro, haverá a solenidade de batismo com o lançamento oficial do Veleiro ECO UFSC. A sua primeira expedição tem como destino a Ilhas São Paulo, São Pedro e Trindade.

Com 60 pés, o veleiro é feito de alumínio naval, soldado com tecnologia TIG e MIG de última geração, sendo grande parte por métodos automáticos. Terá capacidade de hospedar comodamente até dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes. Possui características de segurança e navegabilidade, permitindo expedições científicas de grande porte, incluindo as polares, particularmente a Antártica. A quilha retrátil permitirá ainda a navegação em águas rasas de mangues e estuários de rios, áreas pouco exploradas pelas ciências nacional e internacional.

O projeto tem recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).