Campeões olímpicos analisam chegada da classe IMOCA na Volvo Ocean Race

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Foto: Volvo Ocean Race
Foto: Volvo Ocean Race
Foto: Volvo Ocean Race

Campeões olímpicos, Torben Grael e sua filha Martine Grael comentaram a respeito do barcos da classe IMOCA, os quais estarão presentes na próxima edição da regata de volta ao mundo, a Volvo Ocean Race.

A próxima temporada da Volvo Ocean Race  em 2021-22 será disputada com barcos da classe IMOCA, e também da VO65, usados nas últimas duas edições da regata de volta ao mundo. Nos próximos dias, a competição enviará o Aviso de Regata (principal documento para realizações de competições náuticas) e também abrirá o processo seletivo para as equipes e cidades-sede interessadas na próxima edição.

Após assembleia geral da IMOCA, ocorrida em Paris, na França, no fim do ano passado, representantes da classe e da Ocean Race, aprovaram as diretrizes da categoria para as regatas a partir de outubro de 2021. A regra será de design aberto e a IMOCA chega para equilibrar a segurança e o desempenho da tripulação.

Campeão da Volvo Ocean Race 2008-09 e dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouros, o brasileiro Torben Grael está envolvido com a chegada do IMOCA à Volta ao Mundo. Segundo o velejador, o barco é mais avançado tecnologicamente:

”Será um barco bastante espetacular para regata. Já era utilizado há muitos anos. É um barco que está em constante desenvolvimento, uma tripulação um pouco menor, mas várias novidades tecnológicas em comparação com o barco da regata anterior”, comentou o velejador brasileiro.

A Volvo Ocean Race também confirmou a utilização dos VO65 na próxima temporada, porém os modelos serão comandados por tripulações mais novas.

”Os VOR65, da última edição, são barcos muito resistentes. Eles foram puxados ao limite e resistiram bem, então vão ser usados em uma segunda classe por velejadores jovens”, completou Torben Grael, que é bicampeão olímpico.

Filha de Torben Grael, a também campeã olímpica Martine Grael nunca velejou em um IMOCA. Classificada para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 na 49erFX ao lado de Kahena Kunze, a velejadora brasileira estreou na regata de volta ao mundo na temporada anterior a bordo do team AkzoNobel.

”Na última edição, os barcos já eram bem resistentes, puxavam ao limite. Dessa vez, a tripulação vai ser ainda menor e com os barcos mais rápidos, vai ser mais ao extremo mais ainda. O barco tem um apelo muito grande”, comentou Martine Grael.

Martine Grael e Kahena Kunze foram eleitas as melhores da vela de 2018 em votação para o Prêmio Brasil Olímpico, uma espécie de Oscar do esporte. Os resultados na 49erFX, incluindo a confirmação da vaga olímpica e a campanha de Martine na Volta ao Mundo contribuíram para a escolha da dupla!

Na cerimônia, ocorrida em dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro (RJ), Torben Grael foi eleito para o Hall da Fama do esporte brasileiro. O velejador também integra o Sailing World of Fame da Federação Mundial de Vela.