Panetone sem glúten ganha mercado mesmo na crise

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Curitiba – Com a perda do poder de compra, a escolha do presente de Natal pode ser diferente.  A expectativa é que a movimentação financeira para o período seja de R$ 32,2 bilhões em todo o país, o que representa uma queda de 4,1% em relação ao ano passado. Por isso, os panetones devem ganhar destaque na hora da escolha dos presentes pelo custo menor.

De acordo com a empresa paranaense Nutfree, que produz panetones sem glúten, lactose e soja, a produção deve saltar de 500 para 2.600 unidades, no comparativo do mês de novembro de 2015 e deste ano.  O números mostram um crescimento de cinco vezes durante o período de Natal de 2016 em relação ao ano passado.   “A projeção é fechar o ano produzindo 6000 mil panetones para esse período de Natal”, calcula a diretora comercial da Nutfree, Débora Trinkaus. O crescimento chama atenção, pois é um produto dirigido para pessoas com intolerância à lactose ou celíacos..

Os principais alimentos que contém glúten são a cevada, trigo, aveia e centeio. Os produtos sem glúten possuem pouca caloria, logo, favorecem a uma dieta equilibrada

Segundo a Associação de Celíacos do Brasil – Acelbra, há um portador da doença celíaca para cada 600 habitantes. O número de celíacos, porém, pode ser maior, já que as pesquisas apontam apenas os já diagnosticados. Em 2016, estima-se que as vendas de produtos sem glúten e sem lactose alcancem R$15,6 bilhões de dólares somente nos EUA. Para 2017, perspectiva de aumento é de 40%. A doença celíaca é uma doença auto-imune, na qual o próprio organismo, devido a alterações genéticas, não tolera alimentos que contêm glúten. Com o tempo, o glúten para estes indivíduos leva a perda das vilosidades intestinais.

Ocorre com o tempo um processo inflamatório grave no intestino delgado impedindo a absorção de vitaminas e nutrientes.